No dia 23 de Abril a Exposição Elvis Experience estará aberta em Vegas para comemorar os 59 anos da primeira apresentação de Elvis no cassino Hotel LV (Hilton Hotel). Vários objetos de Elvis sairá de Graceland com destino certo a Vegas. Confira os videos.
http://www.baltimoresun.com/videogallery/bal-elvis-presleys-graceland-heading-to-las-vegas-20150226-embeddedvideo.html
http://www.reviewjournal.com/multimedia/exhibit-and-shows-are-bringing-elvis-back-to-the-former-hilton
sábado, 28 de fevereiro de 2015
QUEM É O REI DO ROCK? VAMOS VOTAR AMIGOS!!
Choose who must hold the title of the king!
Quem é o "rei " do rock ? Como se para nós existisse alguma dúvida... mas não custa ir lá. Vamos mostrar ao mundo que Elvis é o início de tudo. Clique no link, e dê o seu voto. Obrigado!
http://thekingofmusic.com/
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
GRAMMY - TRIBUTO A ELVIS (ASSINE A PETIÇÃO VOCÊ TAMBÉM)
PETIÇÃO PARA A GRAMMY RECORDING ACADEMY. Elvis Presley é A figura mais icónica na história da música. O seu impacto sobre a cultura e a música nos anos 50 foi imenso. Combinou estilos diferentes de música, tais como gospel, rhythm & blues e country e criou o nascimento daquilo a que chamamos o Rock’n’Roll. Trilhou o caminho para muitos outros artistas ao longo das décadas seguintes. John Lennon disse que “Antes de Elvis, não havia nada”. O seu humilde início epitomiza a história de “menino pobre a menino rico”. As suas três décadas de legado musical continuam tão fortes hoje como há 35 anos atrás. Elvis Presley merece ser homenageado pela Grammy Recording Academy pela sua imensa contribuição sem paralelos para com a música. Ele é e será sempre o indestronável Rei do Rock’n’Roll. Se concordam, assinem a petição.
clique aqui:
https://www.change.org/p/grammy-recording-academy-tribute-to-elvis-presley?utm_campaign=responsive_friend_inviter_chat&utm_medium=facebook&utm_source=share_petition&recruiter=9607697
texto da fanpage "Clube Oficial de Fãs "Elvis 100% - Still Rockin'!"
Participe você também, afinal Elvis merece!! Obrigada.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
RILEY KEOUGH, NETA DE ELVIS, AGORA ESTÁ CASADA
Ben Smith-Peterson e Riley Keough se casam! Bom, é o que diz o site R7.
Riley Keough, neta do rei do rock, Elvis Presley, se tornou uma mulher casada. Após ter ficado noiva em agosto de 2014, ela se casou com Ben Smith-Peterson em uma cerimônia íntima e cheia de estrelas na quarta-feira (4), em Napa Valley, na Califórnia.
De acordo com o site de E!, Kristen Stewart, Cara Delevingne, Zoë Kravitz, Abby Lee and Courtney Eaton fizeram parte da lista de convidados famosos.
A atriz, de 25 anos, conheceu o dublê australiano nos bastidores do filme que estrelou Mad Max: Estrada da Fúria [com lançamento previsto para 22 de maio].
O anuncio do noivado foi feito de maneira irreverente. Em sua página do Facebook, Riley compartilhou uma foto ao lado do amado e exibindo um anel de noivado feito com pedra de diamanete. Além da imagem, ela deixou uma legenda na época.... — Então, aconteceu...
Parabéns a Riley e Peterson. Que essa união traga muitas alegrias.
fonte: R7
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM STEVE BINDER - PRODUTOR DO COMEBACK SPECIAL 68 (PART 4 / 4 )
PARTE 4
Steve – Sim, no improviso da sessão
acústicas, vcs se lembram dele dizendo “tem algo errado em meu lábio”? Ele
estava sempre se saindo com algum comentário engraçado, quando a gente menos
esperava por isso, quando você passava uma hora com ele, bem, vocês conhecem a
expressão “rachar de rir”? Elvis me fez rachar de rir muitas vezes com seu
senso de humor!
Del – é bom ouvir isso, é muito bom ouvir
isso. Angel Presley, presidente de fã clube em São Carlos, norte de São Paulo, muito
popular no mundo Elvis Brasil, quer saber mais sobre as sessões musicais
improvisadas por Elvis e sua equipe, que levaram à sequência do show sentado no
especial de 1968. Como elas realmente aconteceram?
Steve – Quando começamos o especial,
estávamos ensaiando em meus escritórios, na Sunset Boulevard in Hollywood, e
quando fomos para o estúdio, eu acho que Elvis estava se divertindo tanto com
todos nós nos ensaios, que ele me disse que queria morar nos estúdios da NBC, não
queria mais para casa a noite, enquanto estávamos produzindo o show, ele me
disse que não queria mais dirigir toda noite para Bel Air, onde morava, ou
Beverly Hills, e então voltar para Burbank para fazer o especial, então eu lhe
perguntei o que ele achava de conseguirmos uma cama para colocar no grande
camarim que havíamos lhe dado ao lado do palco, e ele achou a ideia fantástica,
então nos fizemos, nós trouxemos uma cama enorme para o camarim, e trouxemos um
piano, o camarim tinha duas salas, e quanto todos saiamos do estúdio, as 9
horas da noite, todos aqueles que ficavam ali e que tinham acesso ao seu
camarim, Elvis pegava a guitarra e começava a tocar, e todos que ouvia música
se uniam a ele, n´0os não tínhamos bateria ali, então eles batiam no piano com
as mãos. E aos poucos se tornou uma coisa que, ao observar, eu disse: eu tenho
que filmar isso, é fantástico! Isso é como estar olhando pelo buraco da
fechadura e vendo o que você não deveria ver, era fantástico! Então eu fui ao
Coronel Parker e disse “estou trazendo câmeras aqui amanhã”, e ele respondeu
“somente sobre meu cadáver, porque você não vai trazer!” Então nós discutimos
por uma semana enquanto filmávamos o show, e toda noite, eu estava perdendo
esse grande material acústico da jam session, sem roteiro, apenas no improviso,
conversando sobre os bons tempos, improvisando canções que costumavam cantar
somente por diversão, e finalmente, eu enchi tanto o Coronel, que finalmente
ele me disse: “ok, você não pode filmá-lo no camarim, mas eu deixo você recriar
isso no palco” e foi assim quem aconteceu.
Eliane - Basicamente, foi ideia do Coronel o
show sentado? (risos)
Steve – Não, ele não queria, ele tinha medo,
eu insisti! E quando tudo finalmente estava pronto, ele me chamou na sala de
maquiagem, nos tínhamos o público em volta do palco, as garotas sentadas nos
degraus, como se fosse um ring, e eu fui chamado na sala de maquiagem, Elvis
estava lá com o maquiador, e quando me viu entrar ele disse ao maquiador que
saísse por um instante e ele disse, “Steve, eu mudei de ideia”, como assim, vc
mudou de ideia? E ele disse, “eu não posso sair!” eu perguntei “como assim, não
pode sair?” “Eu não me lembro o que fiz no camarim, eu não lembro as canções,
não lembro o que disse, minha mente está vazia!” Então eu peguei um papel de 8
x 10 e me sentei ali e escrevi tudo que eu podia lembrar das canções, Tiger
Man, Going Up, Going Down, eu escrevi pequenas coisas que conseguia me lembrar
do que eles conversaram, como aquela vez em que a policia filmou o show e ele
só podia mexer o dedidnho ao invés do corpo...
Eliane – É esse o papel que ele pega no
inicio do show?
Steve - Sim, o que ele tira e começa a ler...
não toque suas mãos com o corpo, ou o corpo
com as mãos! Foi assim que aconteceu...
Del – ele fez piadas com o trabalho...
Steve – Foi a isso que me referi antes...
nessa sessão, ele esqueceu que haviam câmeras ali. Ele estava com pessoas que
ele amava, Scotty and DJ, seu baterista e seu guitarrista original, e ele se
redescobriu, ei, isso é divertido... e para alguém que nem queria sair, eu quase
precisei de um gancho para tirá-lo dali! (risos)
Del – Você gravou dois shows, 6h e 8h,
correto?
Steve – Exatamente
Del – E você fez apenas uma roupa de couro,
por quê? (risos) já que eram dois shows?
Steve - (risos) Porque eu era jovem e estúpido.
Eu não percebi que a roupa seria tão quente, e ele iria suar daquele jeito, era
couro, afinal! Depois daquela vez eu sempre fiz duas, às vezes três!
Eliane – Ele estava estonteante naquela
roupa, simplesmente fantástico!
Steve – Ele gostou mais do que todo mundo,
ele adorou!
Del – Você acha que ele no segundo show ele
estava mais relaxado?
Steve – sim, estava mais relaxado. Também, no
primeiro show, não colocamos um tapete no chão, não percebemos que quando os
rapazes batiam seus pés ali isso estava fazendo barulho no áudio e também que
ele queria uma faixa para a guitarra, de forma que ele pudesse se levantar e
cantar e nós não antecipamos isso no show das 6h, e eu acho que foi o Scotty,
não me lembro, um dos rapazes do grupo que faleceu há ou ano atrás, mais ou
menos, ele pegou o pedestal do microfone e o segurou de forma que Elvis pudesse
cantar no microfone, mesmo que ele não tivesse a alça da guitarra, então nós
consertamos esses detalhes entre os dois shows, mas eu acho que ambos foram
fantásticos, e quando eu editei tudo, eu pude usar o melhor dos dois shows e
coloca-lo juntos.
Eliane – Isso me leva a uma pergunta de nosso
amigo Sergio Biston, que é um grande fã do sul do Brasil, e também dirige um
fórum chamado Elvis Collectors. Ele disse que frequentemente, a perspectiva e a
importância histórica de um projeto como esse aparecem depois de anos, às vezes
décadas. Enquanto você estava trabalhando com Elvis, você pensou que esse
especial teria tanta relevância histórica, seria tão importante, tantos anos
depois?
Steve - Absolutamente não (risos). Se alguém
me dissesse que eu estaria conversando com você hoje, em 2015, sobre algo que
eu fiz há tantos anos atrás... E no que é considerado horário nobre da TV nos
EUA, quando o grosso da população está assistindo TV, foi a primeira vez que eu
artista fez o show sozinho, sem nenhum convidado. Era muito importante nos EUA
antes dele, que ao ter um artista fazendo um show na TV vc tivesse outros
artistas se apresentando com ele, porque pensavam que teria maior
classificação, mais pessoas assistindo, etc. O Especial de 68 de Elvis Presley
é, até hoje, um dos shows mais importantes e mais assistidos na história da TV
Americana.
Eliane – Este show ainda é exibido na TV
Americana nos dias de hoje?
Steve – Sim! O show é tão importante quanto,
ou ainda mais importante do que foi nos dias de hoje, porque é parte da
história da TV Americana, quando as pessoas se referem à TV e o que a tornou
tão importante, Elvis é sempre mencionado como uma das razões, aquela noite em
Dezembro quando eles exibiram o show.
Eliane – Há mais uma pergunta do Sr. Biston:
Depois do show e do novo impulso que este deu à carreira de Elvis, ele
mencionou a você em algum momento o que pensava dos resultados do Especial e
suas consequências?
Steve – O que eu achei interessante é que,
antes mesmo de ser exibido, eu mostrei a ele porque eu tinha muitas horas de
material para editar, e quando eu editei o primeiro intervalo, o show que seria
exibido tinha apenas 46 minutos, com todas as interrupções de comerciais, uma
hora de show, com todas as pausas da estação, etc, os shows de uma hora ficam
apenas com cerca de 45 minutos. E eu queria que o show original exibido nos EUA
tivesse muito do material acústico, e no show de uma hora não haveria tempo,
entre todos os números produzidos, e nós tinhamos um elenco de cantores,
dançarinos, etc., e eu achava que a mágica real do show era Elvis, Scotty, DJ e
mais alguns dos rapazes tocando na sessão acústica nos dois shows que fizemos
em 68. Então eu editei um show de 90 minutos e a NBC e os patrocinadores se
recusaram a comprar os outros 45 minutos, então a primeira vez que foi exibido,
foi apenas a versão curta. Quando Elvis morreu, a NBC fez um tributo a Elvis,
com Na Margret apresentando um show de 3 horas, de forma que colocaram Elvis do
Especial de 68 e do Aloha, juntos, apresentados por Ann Margret. O que eles não
entenderam é que, quando mandaram o assistente ao porão, para abrir o cofre e
encontrar o especial de 68 de Elvis Presley... ele não trabalhava para a NBC,
ele nem sabia do que estavam falando, e ao abrir o cofre, tudo que ele viu foi
a minha versão de 90 minutos, Graças a Deus foi só o que ele viu, porque foi a
primeira vez que eles viram o que eu tinha editado e eles exibiram aquela cena
de 90 minutos com a cena do bordel, foi isso que exibiram, pela primeira vez
nos EUA. Foi por um golpe de sorte que eles exibiram toda a minha edição, na
segunda vez em que o show foi exibido nos EUA. Desde então, o espólio de Elvis
Presley – e eu nem quero entrar no assunto – mas eles compraram todos os vídeos
de Elvis da RCA, de quem quer que tivesse imagens, e eles compraram os
negativos, e todo o material que eu editei, , e mesmo não tendo o material das
jam sessions do camarim, mas não há, eu
asseguro, nada mais deixado, eles exibiram o show em mil diferentes maneiras,
foi pirateado, mas para mim, a mágica acontece no show original de 90 minutos.
Del – Steve, você tem uma canção favorita do
Elvis? Você pode cantar uma canção do Elvis?
Steve – Você não quer me ouvir cantar, mas eu
adoro fazer isso em pensamentos. Duas canções, na verdade. Uma é If I Can
Dream, eu me arrepiei quando eu a ouvi tocada ao piano para Elvis pela primeira
vez, em seu camarim. E novamente o coronel estava nos ouvindo, Billy Goldenberg
tocou o piano e Earl Brown, que escreve, cantou para Elvis, e ele pediu que
repetissem três ou quatro vezes em seguida, e no mesmo instante em que o
coronel dizia alto no camarim ao lado “ele só cantará essa canção sobre o meu
cadáver”, Elvis disse “eu adorei, eu quero cantá-la!” E então ele apressou Earl
para assinar a documentação para a publicação no momento em que perceberam que
Elvis cantaria a canção! E a outra canção que sempre me emociona é I’ll Never
Fall in Love Again.
Del – Mas não é uma das canções do 68
Especial, certo?
Eliane – Não, eu acho que esta foi lançada em
1976.
Steve – No Especial nos compusemos duas
canções originais para ele. Mac Davis e Billy Strange compuseram Memories. Na
verdade, tem uma linha em Memories que Elvis e eu re-escrevemos, ele não
gostou, porque dizia algo sobre chicletes e algodão doce, ele odiou aquela
frase e então nós a substituímos, eu nem me lembro qual era a frase, mas ele a
alterou. E a outra foi If I Can Dream, estas foram as duas canções originais, e
o resto foi tirado de seu acervo. Eu tenho, em minha coleção, a historia
completa do Especial de 68, o roteiro, as adições, o nome de cada dançarino, de
cada figurante, etc., e sem que eu soubesse, Elvis assinou meu roteiro principal.
Del – Eliane e eu estamos adorando conversar
com você, mas receamos tomar muito o seu tempo, eu vou fazer mais algumas
perguntas... eu estou adorando este momento, e te agradeço muito!
Steve - É um prazer para mim, é fácil
conversar com vocês dois!
Del – Como você definiria Elvis Presley?
Steve – Existem algumas pessoas que são
impossíveis de definir, que quando entram em uma sala, parecem atrair toda a
eletricidade. Quando vc pensa em ícones, em um artista, você pensa em Marilyn
Monroe, James Dean, e você pensa em Elvis Presley. Ele era mágico, e quando ele
entrou pela primeira vez em meu escritório, ninguém precisou me dizer quem ele
era, Elvis era a verdadeira definição da palavra carisma... ele era
carismático, eu adorava estar perto dele e nunca encontrei alguém que tenha
tido esta oportunidade e não tenha se sentido exatamente do mesmo modo!
Eliane – WOW! Foi mágico ouvir isso!
Steve – Quando eu recebi a primeira ligação,
eu não era um fã do Elvis. Ao fazer o Especial, fiquei como vocês, ele me ganhou,
me conquistou muitas e muitas vezes, eu me tornei definitivamente um fã por
toda a vida!
Del – eu estou muito feliz de ouvir isso.
Steve – E eu me sinto honrado de ter sido eu
que... estava escrito, na verdade, Priscilla Presley escreveu na capa do meu
livro onde eu conto a história por trás do especial, muitas das histórias que
vou enviar a vocês, e ela escreveu... deixe-me pegá-lo aqui... ela escreveu:
era o momento de Elvis fazer algo de maneira grandiosa. Steve Binder apareceu
no momento certo, e a mágica aconteceu. A sua jornada fez história, e ainda
hoje, nos alegramos e ficamos mesmerizados por essa mágica. Priscilla. Então,
estava escrito, eu tive sorte o bastante para estar lá no momento certo.
Eliane – Hoje, como você acha que Elvis estaria
com toda essa tecnologia? Eu acho que o aproximaria dos fãs e, como Del muito
sabiamente disse, Elvis era um showman completo sem toda essa tecnologia. Como
você visualizaria Elvis hoje, com todo esse suporte tecnológico?
Steve – Para ser sincero com você, eu penso
que ele veio a este mundo, cumpriu uma missão que lhe estava destinada, e
partiu no momento exato. Penso que se hoje estivéssemos falando de alguém que
ainda estivesse vivo, estamos falando de alguém que estaria com 80 anos, talvez
não tivéssemos o mesmo sentimento... nós o vimos vivo em seu auge, em toda sua
essência, não o vimos envelhecer, e quem pode saber o que teria acontecido
nesses 40 anos? Eu penso que ídolos nos mundo todo são pessoas que deixam
impressões duradouras em nós, sejam eles políticos, ou artistas... algumas das
pessoas do mundo que passam por aqui sem reconhecimento, como médicos,
cientistas, são apenas pessoas comuns, e o público não se concentra neles...
Elvis conseguiu tudo que se possa imaginar ou que pudesse querer como um ser
humano em minha opinião. Pense nisso, aqui estamos nós, idolatrando Elvis e
falando sobre ele e isso ainda acontecerá daqui a cem anos, ele nunca será
esquecido!
Del – Steve, por que Elvis ainda é popular
hoje? Milhões de adolescentes no mundo todo amam Elvis como um Deus! A maioria
dos fãs de Elvis nem mesmo entende inglês, o idioma de suas canções!
Steve – a musica é uma linguagem
internacional, é emoção, sentimento, e eu acho que para responder tua pergunta,
Del, eu acho que é algo que passa de geração a geração, é muito grande o numero
de crianças que ouviram sobre Elvis de seus pais, de seus avós, e quando eles
são expostos ao que ele é, isso é novo para eles, não estão ouvindo outras
pessoas dizer o quanto ele é especial, estão vivendo essa experiência. Quando
eu o encontrei a primeira vez, Elvis me perguntou, porque ele era sincero dessa
forma, qual era a diferença de fazer um especial de TV, e eu disse, Elvis, a
diferença de fazer um especial de TV, ou gravar um disco ou mesmo fazer um filme,
é que, depois que TV exibir para o mundo, você descobrirá já no dia seguinte
que não tem que esperar por uma critica, no dia seguinte você já se vão te
agradecer ou te bombardear, as pessoas vão lembrar de seus Hound Dogs e Blue
Suede Shoes, ou basicamente sua carreira terá acabado. Ou pode ser o oposto: na
manhã seguinte, você será o Rei novamente. E isso é real, é como a internet, é
instantâneo, chega a milhões de pessoas, senão bilhões. Não existe um dia em
que eu entre na internet e não veja algo sobre Elvis Presley. Ele está lá o
tempo todo.
Eliane – Sim, graças a Deus! Eu adoro isso!
Del – Steve, eu vou fazer minha ultima
pergunta: você gosta de Elvis? (risos)
Steve - (risos) acho que a resposta clichê
seria: se eu gosto de Elvis? Eu amo Elvis!
Del – oh, isso é muito bom de ouvir!
Obrigado!
Eliane – Steve, eu quero agradecer você em
nome de meu grupo e de todos os fãs, por seu tempo e por esta conversa muito
agradável, você é uma pessoa muito simpática e muito querida, e foi um prazer
estar aqui e conversar com você!
Steve – eu agradeço muito. Eu tenho uma meta
na vida, que é a letra de If i Can Dream, eu quero ser humano, eu amo as
pessoas e quero ser amado por elas. Sem mais palavras.
Eliane – Isso é fácil!
Del – Steve, antes de desligar, você gostaria
de fazer alguma pergunta?
Steve – Acho que eu falo melhor do que
escuto, e que vocês fizeram todas as perguntas certas! (risos)
Eliane – é muito gentil de sua parte,
obrigada!
Steve – Tenham um ótimo ano!
Del – Eu quero te agradecer por sua atenção,
por aceitar nos conceder esta entrevista, e obrigada por ajudar Elvis a ser
Elvis!
Eliane – Obrigada por trazê-lo de volta para
nós! Nós devemos exibir esta entrevista no final do mês, eu enviarei um convite
para que você nos acompanhe, e Del, com sua bela voz, vai traduzir para o
português de forma a que nossos amigos entendam o que foi dito.
Steve – isso será muito bom!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM STEVE BINDER - PRODUTOR DO COMEBACK SPECIAL 68 (PART 3/ 4 )
PARTE 3
Del – Steve, você disse que gostou de Elvis em 1969. Elvis abandonou rapidamente aquele fantástico estilo de 1968; seu estilo, sua performance, tudo mudou, ele parecia totalmente diferente em 1969, até seu famoso cabelo mudou, Você considera isso uma evolução, ou Elvis poderia ter mantido por mais tempo aquele visual novo e estonteante do Especial de 1968?
Steve – eu acho que se Elvis se libertasse, se fosse permitido a ele fazer o que queria fazer, eu acho que ele teria sido forte o suficiente para fazer isso. Eu sei porque ele me disse pessoalmente que nunca mais queria cantar uma canção que ele não gostasse, não queria mais fazer filmes cujo roteiro não o agradasse, e eu disse a ele, eu não tenho como saber o que o futuro reserva, mas eu espero que você seja forte o suficiente para fazer isso. Mas da maneira como aconteceu, eu não penso que ele tenha sido.
Del – Mas em 1969 e 1970, você gostou do que ele estava fazendo?
Steve – Não. Na primeira vez que o vi, que para mim foi logo depois do especial, isso foi quando ele foi para Las Vegas, e ele montou a TCB Band, e uma orquestra, e ele adorava se apresentar. Eu digo a vocês, e eu acho que nunca disse isso a ninguém antes, que quando eu terminar de editar e devolvi o Especial à NBC, para que eles pudessem exibi-lo, um dos executivos da NBC disse: eu acho que não podemos exibir isso! – e eu perguntei porque, e ele respondeu, porque se pode ver que o cabelo dele está todo bagunçado, e ele está suando, você pode ver o suor em sua camisa, etc.,
Eliane – ele realmente disse isso?
Steve – Realmente, ele disse tudo isso, e eu nem sabia o que dizer, eu apenas ri.
Del – Steve, as fãs adoram ver Elvis suando!
Steve – aquele era o ser humano, era o Elvis real que nos permitiram ver! Por anos, ninguém viu Elvis como Elvis, até o Especial de 68.
Del – Deixe-me perguntar algo que nunca entendi: aquela voz gutural, rouca, profunda que Elvis apresentou no especial de 68. Ele nunca cantou daquela forma antes ou depois do especial. O que você achou daquela voz gutural que ele usou no especial de 68?
Steve – Eu acho que só posso dizer que não tenho respostas com o que aconteceu em seu futuro, meu tempo com Elvis foi apenas quando fiz o especial, Mas, todos os dias eu ia para o trabalho, e não conseguia dormir a noite, eu estava tão empolgado, eu queria levantar e ir para o estúdio, e vê-lo e trabalhar com ele novamente, todos os dias, e eu acho que ele se sentia dessa forma também, eu acho que ele estava como um pássaro sendo libertado da gaiola! Ele estava apaixonado, ele nunca este mais bonito, ele nunca se divertiu tanto, era o Elvis real! E talvez ele nunca tenha recapturado esse sentimento, eu não sei, eu não tenho resposta para isso!
Eliane – Isto me leva a uma pergunta feita por um de nossos amigos, seu nome é Sandro Roberto e ele é um de meus amigos do fã-clube, Ele diz que se fala muito sobre a maneira como Elvis estava se apresentando, se comportando, mas reza a lenda que a NBC esqueceu de inscrever o especial para o prêmio Emmy daquele ano. Isso é real? Você acha que se eles o fizessem, o show poderia ter ganho o prêmio?
Steve – Eu sou a ultima pessoa a responder perguntas sobre prêmios, porque eu acho que tudo isso é muito subjetivo, mas eu tenho uma opinião, e é igual e tão boa quanto a opinião de todos os outros. Mas eu era pessoalmente tão jovem e ingênuo quando eu fiz o especial. Na América, para ganhar um premio, você mesmo deve se inscrever, ou a rede de TV tem que inscrever seu nome. E quando fizemos o especial de Elvis, nós não inscrevemos nossos nomes para o Emmy! E é como o Grammy... Elvis ganhou apenas três Grammy em sua vida, por musicas gospel, ele nunca ganhou um grammy por Rock’n’nroll, é embaraçoso, é ridículo. Então, quando o assunto são prêmios, eu não presto muita atenção a eles.
Del – Steve, nós solicitamos perguntas a alguns fãs brasileiros, e vamos te perguntar o que eles nos enviaram, ok?
Steve – Claro.
Del – Laerte Machado, um fã de Elvis muito popular e membro do fã-clube Gang Elvis, de São Paulo, perguntou: Você acha que Elvis seria bem sucedido em uma turnê mundial depois do Aloha From Hawaii?
Steve – A resposta é sim, eu acho que mesmo depois, quando ele não estava bem, e haviam todos aqueles escândalos com drogas e tudo o mais, eu acho que havia fãs suficientes no mundo para recebê-lo, eu sei porque quando ele fez seu ultimo especial para rede CBS nos EUA, todo mundo que eu respeitava, incluindo eu mesmo, não queria mostra-lo para o público, porque ele esquecia as letras, ele não estava em boa forma, tanto física quanto mental, isso foi depois do especial de 68, depois do Aloha, quando o coronel estava apenas tentando fazer mais dinheiro, e eles fizeram um especial para a CBS...
Eliane – Sim, é muito famoso aqui no Brasil, nós o chamamos de Elvis in Concert.
Steve - Mas ninguém que eu conhecia no mundo da música queria mostrar Elvis daquela maneira. Ele estava acima do peso, suando muito, mas ele ainda tinha a voz de Elvis... e quando eu encontrei com alguns fãs, minha primeira impressão era de que eles era fanáticos, e na verdade eles são, mas eu acabei gostando dos fãs de Elvis ao redor do mundo, eu acho que são ótimas pessoas, eu acho que agora não é só Elvis, é um clube social, eles se vincularam entre eles, e são realmente pessoas agradáveis, inteligente, que tem algo em comum, e o que os une é o seu amor por Elvis. E eu acho que isso é bom, eu tenho recebido dos fãs, aonde quer que eu vá, nada além de calorosas boas vindas , educação, etc., e eu digo a muitas pessoas que condenam esse fanatismo no mundo afora mas eu acho que é válido, eu respeito isso, e eu acho que existem dois Elvis, o Rei do Rock’n’roll, mas também tem o ícone religioso, em muitos casos ele é quase um Jesus, e ele tem muitos seguidores, que ignorem a publicidade negativa, e as coisas que falam, e daí em diante.
Eliane - Pessoalmente, eu não gosto da associação de Elvis com esse lado de religião. Eu sou uma das pessoas que não dá atenção à comentários negativos sobre ele.
Steve – Pessoalmente eu sou agnóstico. (risos) Mas por outro lado existem milhares de fãs que reconhecem seu lado espiritual.
Del – Eu sou agnóstico também, somos dois. Vamos a mais perguntas dos fãs. Luah de Carvalho, do Rio, pergunta – é uma questão engraçada. Elvis era cheiroso, Mr. Binder?
Steve – Eu acho que sim, porque não me lembro de ele não ser cheiroso mesmo quando estava todo suado. (risos)
Eliane – eu só posso dizer que isso aumenta consideravelmente minha vontade de ter estado lá. Muitos de nós dizem que queriam ter visto Elvis em pessoa pelo menos ou uma vez ou ouvido Elvis cantar pessoalmente pelo menos por alguns segundos. A TCB Band veio para o Brasil, em 2012 e 2013, e os shows foram como se Elvis estivesse aqui, as pessoas cantavam junto, foi lindo de ver, e nos deu uma pequena amostra da sensação de vê-lo pessoalmente.
Steve – Mas eu te digo, eu vi alguns covers, e te digo, alguns eram tão bons que me perguntei porque eles perdem suas carreiras tentando ser Elvis quando eles deveriam ser eles mesmos.
Eliane - isso é o que sempre me pergunto! Del...
Del – Steve, Luah, do Rio, pergunta mais: durante a produção do especial de 68, Elvis costumava dar sugestões? Vamos fazer isso, vamos fazer aquilo, ou ele apenas seguia as suas ordens?
Steve – Eu acho que respondi essa antes, ele não dava sugestões, de fato, quando chegamos a If I Can Dream, que Earl Brown escreveu para ele. Eu não penso que ele tenha cantado essa musica novamente depois do especial, ele nunca a apresentou quando estava na estrada, e todos com quem eu conversei disseram que ele queria que fosse algo especial, e eu não penso que o Coronel não me deixaria fazer nenhum tipo de discurso sobre quem Elvis era, como se sentia, sua humanidade, e então eu disse a Earl e Billy Goldberg que escrevessem uma canção que resumisse tudo isso. Então, aquelas não são palavras inventadas, para mim, significam como Elvis realmente se sentia enquanto ser humano, ele era cheio de compaixão, bem humorado, que acreditava nos seus irmãos humanos, e ele queria que as pessoas se amassem umas as outras, que se reconhecessem umas às outras, e eu acho que ele queria mudas as pessoas que tem visões muito negativas sobre seus vizinhos, etc. Ele queria mudar o preconceito. Tem uma expressão nos Estados Unidos para quando uma pessoa é muito preconceituosa, que ela é um Redneck do Sul, e para mim, Elvis era tudo menos isso, ele era atencioso e carinhoso com todas as raças, religiões... na verdade, se você notar, na canção gospel do Especial, the Blossoms, três mulheres negras que era muito famosas no mundo a música nos EUA foram suas back vocals, especialmente nesse seguimento tínhamos um coreógrafo porto-riquenho, era uma sede das Nações Unidas de pessoas naquele show, todas as cores, raças, religiões diferente, etc.. No ano anterior eu tinha feito um especial com Harry Belafonte e Petula Clark, e eles se tocaram, Petula, na verdade, se inclinou durante uma canção, muito emocionada, e tocou no antebraço de Belafonte, e o patrocinador do show insistiu que isso fosse cortado, e o fato apareceu na News Magazine, na Times, internacionalmente, e ficou conhecido como “o toque”. E eu fiquei abismado, porque houve tantas correspondências que chegaram às minhas mãos, à rede de Tv, aos jornais, as pessoas falavam sobre isso, mas quando fizemos o especial de Elvis, ninguém disse nada. Eles simplesmente aceitaram, e eu acho que isso que foi a grande contribuição de Elvis, ninguém criticou o fato dele misturar raças e pessoas em seu próprio programa, e mesmo nos bastidores, havia tantas pessoas diferentes em minha equipe, que eram de estilos diferentes de vida, países diferentes, religiões diferentes, raças diferentes, e não houve um único comentário negativo, o que eu achei ótimo.
Del – Steve, Elvis sempre tratou bem todas essas pessoas “diferentes”?
Steve – Em minha frente, sim, e eu tenho que dizer, novamente, que minha janela de tempo com Elvis foi apenas quando eu produzi o especial. Eu nunca o vi antes de começar e nunca mais falei com ele depois que terminamos. Mas durante esse tempo, enquanto estávamos ensaiando, Bob Kennedy foi assassinado, e nós passamos toda uma noite falando sobre os assassinatos Kennedy, sobre o assassinato de Martin Luther King, e eu vi uma pessoa com muito calor humano em Elvis, que sempre se preocupava com o que nosso país estava fazendo e aquilo em que acreditávamos, e em ambos os casos a hipocrisia ao redor do mundo. Dos EUA, certamente na última década mais ou menos, temos muitas coisas pelas quais responder, eu não quero transformar isso em discurso político, mas é como eu me sinto.
Del – é um bom sentimento, este é o Elvis que nós podemos sentir através dos anos, porque somos fãs, e lemos muitos livros, vimos muitos vídeos, e temos essa impressão, de que ele era uma pessoa humilde, mesmo se ele era um megastar, ele era uma pessoa humilde e sensível.
Steve – eu concordo com você, eu acho que ele era tudo isso.
Eliane – É muito especial para nós ouvirmos isso.
Steve - Eu quase fui ao Brasil muitos anos atrás, com Sergio Mendes e sua banda, infelizmente eu estava trabalhando em outro projeto e não pude ir, mas sempre lamentei não ter a chance de visitar seu país!
Del - Steve, Carla Presley, de São Paulo, pergunta: você se lembra de alguma coisa que aconteceu durante a produção do Especial que remeta ao lendário senso de humor de Elvis? Todo mundo diz que ele tinha um enorme senso de humor.
Eliane – e um pouco sarcástico, também!
Steve – eu acho que se Elvis se libertasse, se fosse permitido a ele fazer o que queria fazer, eu acho que ele teria sido forte o suficiente para fazer isso. Eu sei porque ele me disse pessoalmente que nunca mais queria cantar uma canção que ele não gostasse, não queria mais fazer filmes cujo roteiro não o agradasse, e eu disse a ele, eu não tenho como saber o que o futuro reserva, mas eu espero que você seja forte o suficiente para fazer isso. Mas da maneira como aconteceu, eu não penso que ele tenha sido.
Del – Mas em 1969 e 1970, você gostou do que ele estava fazendo?
Steve – Não. Na primeira vez que o vi, que para mim foi logo depois do especial, isso foi quando ele foi para Las Vegas, e ele montou a TCB Band, e uma orquestra, e ele adorava se apresentar. Eu digo a vocês, e eu acho que nunca disse isso a ninguém antes, que quando eu terminar de editar e devolvi o Especial à NBC, para que eles pudessem exibi-lo, um dos executivos da NBC disse: eu acho que não podemos exibir isso! – e eu perguntei porque, e ele respondeu, porque se pode ver que o cabelo dele está todo bagunçado, e ele está suando, você pode ver o suor em sua camisa, etc.,
Eliane – ele realmente disse isso?
Steve – Realmente, ele disse tudo isso, e eu nem sabia o que dizer, eu apenas ri.
Del – Steve, as fãs adoram ver Elvis suando!
Steve – aquele era o ser humano, era o Elvis real que nos permitiram ver! Por anos, ninguém viu Elvis como Elvis, até o Especial de 68.
Del – Deixe-me perguntar algo que nunca entendi: aquela voz gutural, rouca, profunda que Elvis apresentou no especial de 68. Ele nunca cantou daquela forma antes ou depois do especial. O que você achou daquela voz gutural que ele usou no especial de 68?
Steve – Eu acho que só posso dizer que não tenho respostas com o que aconteceu em seu futuro, meu tempo com Elvis foi apenas quando fiz o especial, Mas, todos os dias eu ia para o trabalho, e não conseguia dormir a noite, eu estava tão empolgado, eu queria levantar e ir para o estúdio, e vê-lo e trabalhar com ele novamente, todos os dias, e eu acho que ele se sentia dessa forma também, eu acho que ele estava como um pássaro sendo libertado da gaiola! Ele estava apaixonado, ele nunca este mais bonito, ele nunca se divertiu tanto, era o Elvis real! E talvez ele nunca tenha recapturado esse sentimento, eu não sei, eu não tenho resposta para isso!
Eliane – Isto me leva a uma pergunta feita por um de nossos amigos, seu nome é Sandro Roberto e ele é um de meus amigos do fã-clube, Ele diz que se fala muito sobre a maneira como Elvis estava se apresentando, se comportando, mas reza a lenda que a NBC esqueceu de inscrever o especial para o prêmio Emmy daquele ano. Isso é real? Você acha que se eles o fizessem, o show poderia ter ganho o prêmio?
Steve – Eu sou a ultima pessoa a responder perguntas sobre prêmios, porque eu acho que tudo isso é muito subjetivo, mas eu tenho uma opinião, e é igual e tão boa quanto a opinião de todos os outros. Mas eu era pessoalmente tão jovem e ingênuo quando eu fiz o especial. Na América, para ganhar um premio, você mesmo deve se inscrever, ou a rede de TV tem que inscrever seu nome. E quando fizemos o especial de Elvis, nós não inscrevemos nossos nomes para o Emmy! E é como o Grammy... Elvis ganhou apenas três Grammy em sua vida, por musicas gospel, ele nunca ganhou um grammy por Rock’n’nroll, é embaraçoso, é ridículo. Então, quando o assunto são prêmios, eu não presto muita atenção a eles.
Del – Steve, nós solicitamos perguntas a alguns fãs brasileiros, e vamos te perguntar o que eles nos enviaram, ok?
Steve – Claro.
Del – Laerte Machado, um fã de Elvis muito popular e membro do fã-clube Gang Elvis, de São Paulo, perguntou: Você acha que Elvis seria bem sucedido em uma turnê mundial depois do Aloha From Hawaii?
Steve – A resposta é sim, eu acho que mesmo depois, quando ele não estava bem, e haviam todos aqueles escândalos com drogas e tudo o mais, eu acho que havia fãs suficientes no mundo para recebê-lo, eu sei porque quando ele fez seu ultimo especial para rede CBS nos EUA, todo mundo que eu respeitava, incluindo eu mesmo, não queria mostra-lo para o público, porque ele esquecia as letras, ele não estava em boa forma, tanto física quanto mental, isso foi depois do especial de 68, depois do Aloha, quando o coronel estava apenas tentando fazer mais dinheiro, e eles fizeram um especial para a CBS...
Eliane – Sim, é muito famoso aqui no Brasil, nós o chamamos de Elvis in Concert.
Steve - Mas ninguém que eu conhecia no mundo da música queria mostrar Elvis daquela maneira. Ele estava acima do peso, suando muito, mas ele ainda tinha a voz de Elvis... e quando eu encontrei com alguns fãs, minha primeira impressão era de que eles era fanáticos, e na verdade eles são, mas eu acabei gostando dos fãs de Elvis ao redor do mundo, eu acho que são ótimas pessoas, eu acho que agora não é só Elvis, é um clube social, eles se vincularam entre eles, e são realmente pessoas agradáveis, inteligente, que tem algo em comum, e o que os une é o seu amor por Elvis. E eu acho que isso é bom, eu tenho recebido dos fãs, aonde quer que eu vá, nada além de calorosas boas vindas , educação, etc., e eu digo a muitas pessoas que condenam esse fanatismo no mundo afora mas eu acho que é válido, eu respeito isso, e eu acho que existem dois Elvis, o Rei do Rock’n’roll, mas também tem o ícone religioso, em muitos casos ele é quase um Jesus, e ele tem muitos seguidores, que ignorem a publicidade negativa, e as coisas que falam, e daí em diante.
Eliane - Pessoalmente, eu não gosto da associação de Elvis com esse lado de religião. Eu sou uma das pessoas que não dá atenção à comentários negativos sobre ele.
Steve – Pessoalmente eu sou agnóstico. (risos) Mas por outro lado existem milhares de fãs que reconhecem seu lado espiritual.
Del – Eu sou agnóstico também, somos dois. Vamos a mais perguntas dos fãs. Luah de Carvalho, do Rio, pergunta – é uma questão engraçada. Elvis era cheiroso, Mr. Binder?
Steve – Eu acho que sim, porque não me lembro de ele não ser cheiroso mesmo quando estava todo suado. (risos)
Eliane – eu só posso dizer que isso aumenta consideravelmente minha vontade de ter estado lá. Muitos de nós dizem que queriam ter visto Elvis em pessoa pelo menos ou uma vez ou ouvido Elvis cantar pessoalmente pelo menos por alguns segundos. A TCB Band veio para o Brasil, em 2012 e 2013, e os shows foram como se Elvis estivesse aqui, as pessoas cantavam junto, foi lindo de ver, e nos deu uma pequena amostra da sensação de vê-lo pessoalmente.
Steve – Mas eu te digo, eu vi alguns covers, e te digo, alguns eram tão bons que me perguntei porque eles perdem suas carreiras tentando ser Elvis quando eles deveriam ser eles mesmos.
Eliane - isso é o que sempre me pergunto! Del...
Del – Steve, Luah, do Rio, pergunta mais: durante a produção do especial de 68, Elvis costumava dar sugestões? Vamos fazer isso, vamos fazer aquilo, ou ele apenas seguia as suas ordens?
Steve – Eu acho que respondi essa antes, ele não dava sugestões, de fato, quando chegamos a If I Can Dream, que Earl Brown escreveu para ele. Eu não penso que ele tenha cantado essa musica novamente depois do especial, ele nunca a apresentou quando estava na estrada, e todos com quem eu conversei disseram que ele queria que fosse algo especial, e eu não penso que o Coronel não me deixaria fazer nenhum tipo de discurso sobre quem Elvis era, como se sentia, sua humanidade, e então eu disse a Earl e Billy Goldberg que escrevessem uma canção que resumisse tudo isso. Então, aquelas não são palavras inventadas, para mim, significam como Elvis realmente se sentia enquanto ser humano, ele era cheio de compaixão, bem humorado, que acreditava nos seus irmãos humanos, e ele queria que as pessoas se amassem umas as outras, que se reconhecessem umas às outras, e eu acho que ele queria mudas as pessoas que tem visões muito negativas sobre seus vizinhos, etc. Ele queria mudar o preconceito. Tem uma expressão nos Estados Unidos para quando uma pessoa é muito preconceituosa, que ela é um Redneck do Sul, e para mim, Elvis era tudo menos isso, ele era atencioso e carinhoso com todas as raças, religiões... na verdade, se você notar, na canção gospel do Especial, the Blossoms, três mulheres negras que era muito famosas no mundo a música nos EUA foram suas back vocals, especialmente nesse seguimento tínhamos um coreógrafo porto-riquenho, era uma sede das Nações Unidas de pessoas naquele show, todas as cores, raças, religiões diferente, etc.. No ano anterior eu tinha feito um especial com Harry Belafonte e Petula Clark, e eles se tocaram, Petula, na verdade, se inclinou durante uma canção, muito emocionada, e tocou no antebraço de Belafonte, e o patrocinador do show insistiu que isso fosse cortado, e o fato apareceu na News Magazine, na Times, internacionalmente, e ficou conhecido como “o toque”. E eu fiquei abismado, porque houve tantas correspondências que chegaram às minhas mãos, à rede de Tv, aos jornais, as pessoas falavam sobre isso, mas quando fizemos o especial de Elvis, ninguém disse nada. Eles simplesmente aceitaram, e eu acho que isso que foi a grande contribuição de Elvis, ninguém criticou o fato dele misturar raças e pessoas em seu próprio programa, e mesmo nos bastidores, havia tantas pessoas diferentes em minha equipe, que eram de estilos diferentes de vida, países diferentes, religiões diferentes, raças diferentes, e não houve um único comentário negativo, o que eu achei ótimo.
Del – Steve, Elvis sempre tratou bem todas essas pessoas “diferentes”?
Steve – Em minha frente, sim, e eu tenho que dizer, novamente, que minha janela de tempo com Elvis foi apenas quando eu produzi o especial. Eu nunca o vi antes de começar e nunca mais falei com ele depois que terminamos. Mas durante esse tempo, enquanto estávamos ensaiando, Bob Kennedy foi assassinado, e nós passamos toda uma noite falando sobre os assassinatos Kennedy, sobre o assassinato de Martin Luther King, e eu vi uma pessoa com muito calor humano em Elvis, que sempre se preocupava com o que nosso país estava fazendo e aquilo em que acreditávamos, e em ambos os casos a hipocrisia ao redor do mundo. Dos EUA, certamente na última década mais ou menos, temos muitas coisas pelas quais responder, eu não quero transformar isso em discurso político, mas é como eu me sinto.
Del – é um bom sentimento, este é o Elvis que nós podemos sentir através dos anos, porque somos fãs, e lemos muitos livros, vimos muitos vídeos, e temos essa impressão, de que ele era uma pessoa humilde, mesmo se ele era um megastar, ele era uma pessoa humilde e sensível.
Steve – eu concordo com você, eu acho que ele era tudo isso.
Eliane – É muito especial para nós ouvirmos isso.
Steve - Eu quase fui ao Brasil muitos anos atrás, com Sergio Mendes e sua banda, infelizmente eu estava trabalhando em outro projeto e não pude ir, mas sempre lamentei não ter a chance de visitar seu país!
Del - Steve, Carla Presley, de São Paulo, pergunta: você se lembra de alguma coisa que aconteceu durante a produção do Especial que remeta ao lendário senso de humor de Elvis? Todo mundo diz que ele tinha um enorme senso de humor.
Eliane – e um pouco sarcástico, também!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM STEVE BINDER - PRODUTOR DO COMEBACK SPECIAL 68 (PART 2 / 4 )
PARTE 2
Eliane – diga-me, Steve, que tipo de pessoa era realmente o Coronel Parker? Ele era um homem radical? Porque ouvimos muitas coisas sobre ele no Brasil e nenhuma é exatamente agradável. Como alguém que o conheceu, o que você me diria do tipo de pessoa que ele era?
Steve – Posso responder primeiro à pergunta do Del?
Eliane – Certamente!
Steve - sim, Del, o homem que entrou em meu escritório pela primeira vez, se tornou meu amigo. Ele disse “Olá, Steve”, eu disse “Olá, Elvis”, e nós nem conversamos sobre televisão, apenas conversamos sobre musica, e o show business e outros artistas, eu gostei demais dele, durante todo o tempo de produção. Nós nunca discutimos sobre nada, na verdade eu achava que ele era muito cordato.
Del – é muito bom ouvir isso.
Steve – Priscilla me contou que quando Elvis chegou em casa após a nossa reunião, ele disse a ela: “eu tenho pressentimento sobre essa amizade, então não importa o que o Coronel disser, eu vou fazer o que Steve Binder disser!” E ele cumpriu a palavra, ele defendeu o que quer que fizéssemos do primeiro ao último dia. A resposta à sua pergunta, Eliane, com o Coronel Parker tudo levava muito tempo. Parker era um intimidador, em minha opinião.
Eliane – me parece que todos pensam assim.
Steve – No inicio, ele queria se reunir com o diretor do próximo filme de Elvis, ele me enviou presentes, etc., quando começamos a produção e ele entendeu que eu não estava fazendo nada do que ele queria, por exemplo, o que ele vendeu para NBC foi um especial de natal, com cerca de 20 canções natalinas, e Elvis não falaria no show além de dizer boa noite e Feliz Natal. E isso seria tudo, e o Coronel sempre conseguia o que queria quando ia aos estúdios e assim por diante. E ele entendeu que eu não aceitaria isso. Nós tivemos um relação difícil, mas Bob Finkle, nosso produtor executivo, tinha a missão de entreter Parker e mantê-lo fora do caminho, de forma que Elvis e eu pudéssemos fazer nosso trabalho.
Eliane - Bob ficou com o trabalho pesado.
Steve – isso mesmo, ele ficou com o trabalho pesado!
Del – Temos que te agradecer por isso, por dirigir Elvis. Você, não o Coronel Parker. Obrigado pelo 68 Especial, obrigado! Nós amamos o Especial, e amamos ver Elvis tão livre, livre e feliz, porque ele parece feliz!
Steve – Do meu ponto de vista, quando eu assisto ao Especial, eu vejo um homem redescobrindo a si mesmo. Porque eu conheci Elvis, ele não tinha certeza se era assim tão especial ou tão talentoso, Talvez fosse o Coronel com toda sua publicidade e todo o seu bullying e assim por diante, talvez fosse a RCA, mas ele nunca disse “é por minha causa e por causa do meu talento”! Eu acho que o Especial de 68 abriu seus olhos para o quanto ele era talentoso e ele se redescobriu, Ele teve de volta a sua confiança!
Del – Steve, você ainda assiste ao Especial, eventualmente?
Steve – Há apenas algumas semanas tivemos um tributo em um cinema próximo de minha casa, cujas entradas se esgotaram em cerca de dois minutos, e nós exibimos o Especial de 68 e então eu fiz o que estou fazendo com vocês agora, o público me fez perguntas e eu lhes dei as respostas.
Del – mas, em casa, você eventualmente vê o Especial?
Steve – Não a menos que alguém venha me visitar e insista, mas eu provavelmente não o assistiria sozinho.
Eliane – Steve, você disse que você e Elvis se deram bem de imediato. Você mais ou menos já respondeu à minha pergunta sobre a aceitação dele em relação às suas ideias. Mas ele estava esperando algo assim, ou foi uma surpresa para ele ver o que você havia planejado?
Steve – foi uma surpresa para ele. A primeira reunião que tive com Elvis em meus escritórios, fomos apenas nós dois, e ele estava indo para o Hawaii para descansar, e tomar um pouco de sol, e eu disse “vá para o Hawaii”, ele retornaria em duas semanas, e eu disse a ele que reuniria minha equipe, e quando ele voltasse do Hawaii nós diríamos a ele o que havíamos planejado para o show, e se você gostar, vamos em frente. Se você não gostar, ainda seremos amigos e eu fico feliz que tenhamos nos conhecido. E ele voltou do Hawaii, e Chris Beard e Allan Bly tinham feito o esboço do programa, que foi exatamente o que ele viu, e ele adorou. Na verdade ele aceitou tudo tão bem que eu me senti nervoso com o fato de que ele tenha aceitado tão rapidamente. E eu disse “pense a respeito” e ele respondeu “não, eu quero fazer isso, eu adorei!” E essa foi a última vez que ouvimos sobre o especial de natal, e foi então que o Coronel Parker se virou contra mim, e no final do especial, eu já não tinha mais permissão para ver ou falar com Elvis com relação a seu mundo ou sua equipe, eu era o que se pode chamar de “persona non grata”.
Del – Na semana passada eu li o livro O Retorno do Rei, de Gillian G. Gaard, e no livro ele menciona que você assistiu a estreia de Elvis em sua primeira temporada em Vegas em 1969. É verdade?
Steve – Sim, eu fui por minha conta, eu não fui convidado. Então eu fui vê-lo por curiosidade. E na primeira vez que o vi depois do Especial, isso foi em 1969, eu achei que ele estava fantástico! Eu achei que ele foi ainda mais do que no Especial de 68, ele amava se apresentar! Antes de fazermos o especial, ele nunca tinha se apresentado com uma orquestra, ele me fez prometer que se ele não gostasse do som de uma grande orquestra, eu mandaria todo mundo para casa e ficaríamos apenas com a sessão rítmica. Quando o vi em Vegas, ele tinha mais músicos no palco do que nós tivemos no Especial. E ele estava engraçado, ele amava o seu público! No final do show eu tentei visita-lo no seu camarim, mas eu não fui permitido. Eles recusaram dizendo que Elvis estava muito ocupado, o que eu sabia não ser por causa de Elvis, eu sabia que era o Coronel Parker e o resto da equipe. Então, eu fui vê-lo novamente um ano depois, e ele estava terrível, ele se apresentava basicamente apenas para a orquestra, ignorando o resto, ele perdera seu entusiasmo, por cantar em Las Vegas.
Del – um ano depois? Em 1970?
Steve – Sim foi por volta... enfim, um ano depois de tê-lo visto originalmente. Eu voltei um ano depois para vê-lo novamente. Para mim, eu soube, naquele momento que estava acabado. Ele esgotara sua carreira, e nunca faria as coisas que ele tinha dito que queria fazer, que era uma tournée o redor do mundo, se apresentar... ele se tornara um cantor de hotéis em Las Vegas pelo resto de sua carreira. Isso foi realmente trágico. Ele fez vários concertos pelos EUA, mas no final, mal conseguia lembrar a letra das musicas.
Eliane – Você acha que Parker pode ser culpado por isso?
Steve – Apenas uma parte disso, porque eu acho que somos todos individualmente responsáveis pelo que fazemos de nossas vidas e nossas decisões. Então, Parker tinha uma mente muito poderosa, e eu acho que ele mimou tanto Elvis, que no final Elvis tinha um certo medo dele, como se ele pudesse revelar muitos segredos, mas eu não acho que Elvis seria Elvis sem o Coronel Parker, então eu acho que no começo foi a combinação certa. Quando Elvis morreu, quando Parker soube da sua morte, ao invés de pegar um avião para Memphis, ele foi para Nova York se encontrar com os executivos da RCA e dizer a eles que começassem a prensar muito mais discos, porque iriam vender muito mais produtos, e depois ele foi para Memphis. Para mim, Elvis era apenas um negócio para o Coronel. Ele não considerava Elvis como um ser humano, cheio de compaixão, etc. Eu disse em outra entrevista, que para mim Elvis era como Hamlet, de Shakespeare, ele estava trancado em seu mundo, onde ele tinha pessoas ao seu redor que eram pagas para rir de suas piadas, mimá-lo, e eu acho que todo mundo precisa de um Grilo falante sobre seus ombros falando-lhes a verdade. Mas ele não tinha ninguém para lhe dizer o que era real.
..... continua.....
domingo, 1 de fevereiro de 2015
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM STEVE BINDER - PRODUTOR DO COMEBACK SPECIAL 68 (PART 1/ 4 )
Na última sexta-feira, dia 30 de Janeiro/2015 a rádio Let´s Play Elvis - comandado pelo profissional, radialista e fã de Elvis, Delciderio do Carmo levou ao ar durante a programação, uma entrevista exclusiva com STEVE BINDER.
Steve Binder é um produtor de televisão e diretor de musicais, principalmente para a TV. Produziu o antológico especial de TV "Elvis NBC TV Special" mais conhecido como Elvis ComeBack Special/68.
A entrevista foi realizada por Eliane Mendes de Lima (Fã Clube Elvis Rock Curitiba) e Delciderio do Carmo (LPE) pelo Skype e teve a participação de perguntas de fãs. Infelizmente foi ao ar apenas 24 minutos devido a programação e assuntos técnicos. Mas estarei compartilhando com todos vocês aqui a entrevista na íntegra que originou 12 páginas e não pode ir ao ar.
Parabéns aos organizadores e idealizadores pela iniciativa em trazer para nós fãs Brasileiros mais informações sobre o maior cantor de todos os tempos, sobre sua carreira e como pessoa que foi ELVIS PRESLEY.
O áudio da entrevista que foi ao ar no programa LPE está disponível para download em nosso Fórum EP FanElvis. Aproveite e faça o seu download. Sem dúvida é um momento mágico para qualquer fã ter acesso e guardar com carinho.
Meus sinceros agradecimentos por mais essa proeza!!
Angel Presley
EP FanElvis Fan Club
"Visite e curta" Fanpage Let´s Play Elvis = https://www.facebook.com/pages/Lets-Play-Elvis/238274533038990?ref=ts&fref=ts
Delciderio do Carmo Eliane M. de Lima
ENTREVISTA COM STEVE BINDER
DELCIDÉRIO / ELIANE – 15-01-2015
Steve: Olá
Eliane - Olá Sr. Binder, boa noite
Steve - boa noite para você
Eliane - como você está?
Steve - tudo bem
Eliane - Ok, eu sou Eliane, é um grande prazer falar com você, e eu gostaria de apresentar-lhe nosso amigo, Del...
Steve - Oi, Del!
Del - Oi, Sr. Binder, como você está?
Steve – Tudo bem... a pronuncia correta é realmente Binder ... você soletra como “Bainder”, mas é pronunciado realmente Binder.
Eliane - Oh, esta era uma das nossas dúvidas... ouvimos de ambas as formas, e é bom saber que vamos agora chamá-lo de maneira correta!
Del - Mr. Binder, eu acho que tenho lhe dizer boa tarde
Steve - Boa tarde para você, e eu prefiro que você me chame Steve!
Del - Então, Steve, é tarde para você e é noite para nós, são 08:00 da noite, mas eu não estou falando com uma pessoa no passado (risos) - Steve, eu gosto de chamá-lo de Steve! Mr. Steve é um prazer falar com você, é uma honra, obrigado.
Steve - Quando eu comecei na televisão, eu me tornei um diretor ao vivo para uma pessoa muito famosa que começou o talk show nos Estados Unidos, chamado Steve Allen. E eu dirigi seu show por dois anos.
Del - Você era muito jovem ...
Steve - eu tinha 22 anos.
Del - Wow, 22 e dirigindo Steve Allen!
Eliane - Isso é impressionante.
Steve - Sim, por dois anos. Você conhece o filme TAMY Show, com os Rolling Stones, James Brown? Eu o dirigi aos 23 anos.
Del - 23! E você dirigiu Elvis quando você estava com qual idade? 25?
Steve - Não, eu tinha acabado de fazer 30!
Del - 30? Bem, de qualquer maneira era muito jovem!
Eliane - Vocês tinham quase a mesma idade.
Steve - Sim. É por isso que, quando recebi o telefonema perguntando se eu iria dirigir Elvis, eu disse que não. Eu recusei porque eu tinha apenas concordado em dirigir um filme, e meu parceiro na época era um bom produtor de discos chamado Bones Hal, e Bones tinha sido engenheiro de som para um dos álbuns do Elvis, e nós estávamos naquele tempo produzindo para algum figurão americano, exclusivamente, como o 50th Mansion, um grupo chamado de Associação, e uma compositora maravilhosa chamada Lauren Nero. Então estávamos imersos no mundo da música, e Bones não acreditou quando eu lhe disse que não estava interessado em dirigir Elvis. Eu realmente não conhecia Elvis Presley naqueles dias, eu nasci na Costa Oeste, éramos famosos pelos Beach Boys, e Elvis na TV naquele tempo... eu não o levava a sério. Ele participava de alguns shows, mas ele fez um show de um comediante famoso, e cantou Hound Dog, e eles o colocaram com um cachorro de verdade, usando um smoking... quando finalmente nos encontramos para fazer o 68 Special, ele disse: “eu não gosto de televisão, eu não quero fazer televisão. E eu lhe perguntei: o que você quer fazer? Ele disse, eu gosto de gravar discos. Eu disse, Ok, vá fazer seus discos que eu coloco as imagens neles, e pensarei no que fazer (risos).
Eliane – Você disse que gosta de roteiros, que todos os musicais que fez tem um roteiro. Como surgiu a ideia de usar Guitar Man para o Elvis Especial?
Steve – eu queria levar o crédito por isso, mas não seria verdade. A verdade é que eu tinha um grupo de pessoas trabalhando para mim e fazíamos o que eu gosto de chamar de “Momento de pensar”, quando colocávamos nossas mentes juntas e eu dizia a eles “esqueçam quem é o diretor, esqueçam quem é o produtor, se você é o cara que segura os cartazes com as dicas para o artista ler, nesta sessão somos todos iguais, então fiquem a vontade para lançar suas ideias, ou oferecer uma sugestão!” Eu trabalhei com esse pessoas nos bastidores do primeiro show de Rock da America, Hullaballoo. Eu dirigi Hullaballoo e eu gostei, por exemplo, de Jim MacAvoy, que fez os cenários para Elvis, e que era diretor de Arte do Hullaballoo; Jim Goldenberg, que eu trouxe para ser o diretor de arranjados para Elvis, foi um assistente do Hullabaloo, então eu reuni todas essas pessoas, que eu sentia que realmente tinham talento e com quem eu me sentia confortável, e quando chegamos a Elvis, éramos como uma máquina bem lubrificada. O Coronel Parker fez um acordo com o presidente da NBC para que Elvis fizesse esse especial de TV, e a razão para isso era que o Coronel queria que a NBC financiasse o próximo filme de Elvis, mas o Cel. Parker não contou isso a Elvis, e quando ele soube que teria que fazer este especial de TV, ele não queria fazê-lo.
Del – Eu queria te perguntar, Steve, se Elvis foi simpático em sua primeira reunião? Quando vocês se conheceram, ele era uma pessoa educada e agradável de conversar?
Steve – A pessoa da NBC que me pediu para fazer o Especial de Elvis Presley disse: “Eu não posso falar com Elvis porque ele não me chama pelo meu primeiro nome, ele se dirige a mim como Sr. Finkle.” Bob Finkle era o produtor executivo. Ele disse, eu ouvi falar de você, Steve, e queria saber se você dirigiria o show. A princípio eu disse que não, eu estava comprometido com outro programa. O destino parece ter interferido, o produtor do filme teve um infarto e faleceu, então o projeto foi cancelado. Então eu estava livre para ligar para a NBC e para Bob Finkle e dizer que estava disponível, eu poderia dirigir o especial de Elvis, mas eu queria encontra-lo primeiro, sozinho. Eu não queria o Coronel Parker, eu não queria seus assistentes, ninguém do grupo do Elvis. Eu queria conversar com ele sozinho. Antes de fazer isso, eu tive que me reunir com o Coronel Parker. Então eu fui aos estúdios da MGM onde ele tinha seu escritório, e passei no teste, de forma que o Coronel ligou para Elvis e disse que estava ok se reunir comigo.
....... continua ......
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